Celular volta ao básico com tela W Ink e teclado real

Imagem em branco e preto de um celular para ilustrar post cujo título diz que um celular volta ao básico com tela W Ink e teclado real.
Uma startup pretende nos livrar das distrações dos smartphones ao lançar um aparelho minimalista com tela E Ink e teclado físico QWERTY. Foto: Minimal Company/New Atlas/Reprodução.

Temos visto uma série de aparelhos ao longo dos anos que foram projetados para reduzir os excessos de distrações presentes nos smartphones. O mais recente parece ser um casamento feliz entre e-reader e celular Blackberry – e atende pelo nome de Minimal.

Até agora, o site da empresa compartilhou apenas informações muito básicas sobre o celular, mas o fundador e CEO da startup Minimal Company, Andre Youkhma, recentemente foi ao Reddit para dar respostas às principais perguntas.

Embora ainda não haja detalhes no site, o celular Minimal será construído com materiais ecológicos e contará com um visor monocromático E Ink retroiluminado coberto por uma tela capacitiva sensível ao toque, o que sem dúvida será amigável aos olhos e tornará o aparelho econômico quanto ao consumo energético. Na verdade, a bateria de 4.000 mAh é considerada boa para quatro dias de uso e há suporte para carregamento rápido. Além disso, o aparelho tem um teclado QWERTY completo para proporcionar uma “experiência de digitação mais satisfatória e precisa”.

O Minimal está sendo projetado para rodar sobre uma plataforma operacional chamada MnmlOS, baseada na “versão mais recente do Android”, e deve permitir que o usuário acesse a Play Store para baixar apps de terceiros.

No entanto, o objetivo desse celular é manter as distrações ao mínimo, então fora da caixa ele será capaz de ligar, enviar mensagens de texto e e-mail e hospedará um monte de “aplicativos de terceiros que serão essenciais para a vida moderna, como apps de compartilhamento de carona ou navegação, sem sobrecarregar o usuário”. Itens como calendário, anotações e outras ferramentas de produtividade também estarão presentes.

O entretenimento será simples, “com foco no relaxamento e na atenção plena”. O aparelho contará com Wi-Fi e Bluetooth, com a tecnologia 5G sendo considerada no momento, e será capaz de reproduzir músicas armazenadas no aparelho por meio de um fone de ouvido, além do YouTube (embora as taxas de atualização do E Ink provavelmente tornem a visualização de vídeos uma experiência frustrante).

Espera-se que haja suporte para Android Auto e meios de pagamentos sem contato (em desenvolvimento). Uma câmera também está sendo preparada, embora tenhamos que esperar por detalhes.

No campo da privacidade, o fundador da startup afirma que os dados dos usuários serão coletados apenas para a funcionalidade do telefone, não para fins publicitários. Ele também promete atualizações frequentes de segurança, com suporte para o telefone prometido por pelo menos cinco anos (o que presumivelmente incluirá atualizações do sistema operacional).

No momento em que escrevo esta matéria, tudo o que temos que olhar são renderizações bastante agradáveis. Youkhma confirmou que o projeto foi finalizado e que o aparelho medirá 120 x 72 x 10 mm (4,7 x 2,8 x 0,39 pol), e que um “fabricante líder” não identificado está atualmente considerando a criação de moldes e etc.

Assim como em muitos projetos anteriores, a Minimal fará uma oferta de produção em uma plataforma de crowdfunding (financiamento coletivo) com previsão para começar este mês de fevereiro. O preço esperado no varejo no momento está na casa dos US$ 400, mas a empresa oferecerá descontos para atrair os primeiros usuários.

Para quem se interessar, é possível se inscrever na lista de espera do aparelho, acessando o link da fonte.

O vídeo abaixo (em inglês) mostra a propaganda do produto.

Celular Minimal – Viva mais, navegue menos.

Fonte: The Minimal Company

Artigo original (em inglês) publicado por Paul Ridden na New Atlas.

Sobre o autor
Paul Ridden é obcecado por tecnologia da computação, cujo fascínio evoluiu de hobby a carreira antes de ele passar um período de 10 anos na França, onde começou a trabalhar para a New Atlas, em 2009. Agora de volta à Blighty, sua terra natal, ele atua como editor-chefe da New Atlas na Europa.

Similar Posts