Geração própria de energia solar aumentou no Brasil

Geração própria de energia
Foto: Ulleo/Pixabay

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) diz que a geração própria de energia solar aumentou no Brasil nos últimos anos, em decorrência de alguns fatores, incluindo a crise hídrica.

A falta de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas tem forçado o governo brasileiro a fazer uso das usinas termelétricas como forma de compensar o déficit de eletricidade e também para diminuir o risco de não haver oferta suficiente para suprir a demanda energética.

Se por um lado tal compensação reforça a oferta de eletricidade, por outro a conta de luz aumenta para o consumidor, uma vez que as termelétricas são mais caras e, por serem de origem fóssil, são mais poluentes. Uma alternativa é incentivar o uso de energia renovável por meio da geração distribuída – o que de fato tem acontecido.

A Absolar divulgou recentemente que o Brasil atingiu a marca de 1 milhão de consumidores gerando a sua própria eletricidade a partir da energia solar fotovoltaica. Deste total, os maiores geradores são residências (76,6%), comércio e serviços (13,4%), agricultura (7,6%), indústrias (2,1%) e outros setores (0,3%), conforme matéria publicada pela Forbes em janeiro deste ano.

Gerar e fazer uso da própria eletricidade a partir da energia solar fotovoltaica ajuda o consumidor não somente a diminuir – ou até mesmo eliminar – as contas de luz que às vezes são exorbitantes quando estão nas bandeiras vermelhas, mas também a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e poluentes lançados na atmosfera terrestre.

A Absolar espera que a energia solar fotovoltaica dobre este ano por conta do Projeto de Lei 5.829, considerado um marco legal para o setor. O presidente da república transformou este projeto na Lei N° 14.300, publicada no Diário Oficial da União do dia 7/1/2022, para instituir o marco legal da microgeração e minigeração distribuída no país. A lei foi aprovada com veto parcial e no momento aguarda deliberação do Plenário.

Embora o mercado de energia solar ainda seja incipiente no Brasil (representando apenas 1% dos consumidores de eletricidade), a Absolar acredita que a energia solar fotovoltaica deve seguir avançando no país, cujos maiores beneficiados serão os consumidores e o planeta.

Sobre o autor | Fernando Oliveira

Foto Fernando


Fernando é o fundador e editor da Sustenare. Ele é administrador de empresas, cientista da computação e doutor em energia pela Universidade de São Paulo (USP). Fernando morou nos Estados Unidos por dez anos, país onde cursou universidade e trabalhou por igual período para empresas de tecnologia e do ramo editorial.

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