O gás natural renovável é uma alternativa viável como combustível?

Torre queimando gás natural renovável como combustível
Foto: Ratfink1973/Pixabay.

Se questões ambientais são de seu interesse, então provavelmente você já deve estar ciente da importância que as fontes renováveis de energia têm para diminuir as emissões dos gases de efeito estufa – como o dióxido de carbono – lançados na atmosfera terrestre. “Embora existam opções confiáveis entre as diversas fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica, há quem defenda fontes menos conhecidas, como a assim chamada gás natural renovável”, diz artigo da GreenMatters. Mas o gás natural renovável é uma alternativa viável como combustível?

O Departamento de Energia dos Estados Unidos o define como um combustível resultante da queima de matéria orgânica – como estrume, plantas ou restos de comida – presente em aterros sanitários e em fazendas de gado, ou oriunda de instalações produtoras de alimento.

Quando o gás natural renovável é comprimido ou liquefeito, ele pode ser usado como combustível para transportes. E quando passa por um processo de purificação, pode também ser usado na geração de eletricidade ou no aquecimento de ambientes.

Também conhecido como biogás, o gás natural renovável é visto por muitos como uma alternativa viável quando misturado ao gás natural regular.

De acordo com a EPA, Agência de Proteção Ambiental americana, seu uso pode proporcionar alguns benefícios, dentre os quais: geração de receita para a economia local, melhoria da qualidade do ar ao reduzir as emissões de óxidos nitrosos e de material particulado quando em substituição ao diesel e à gasolina, e redução de emissões de gases de efeito estufa pela captura do metano (liberado de aterros sanitários), o qual tem um potencial de aquecimento global acima de 25 vezes maior do que o do dióxido de carbono.

Portanto, de acordo com a EPA, o gás natural renovável é uma alternativa viável como combustível em função dos benefícios proporcionados. Por outro lado, a matéria da GreenMatters se coloca contrária à sua viabilidade por achar que ele “não elimina totalmente as emissões de gases de efeito estufa quando [o mesmo] está sendo usado, ao contrário de outras alternativas de energia”.

Sobre o autor | Fernando Oliveira

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Fernando é o fundador e editor da Sustenare. Ele é administrador de empresas, cientista da computação e doutor em energia pela Universidade de São Paulo (USP). Fernando morou nos Estados Unidos por dez anos, país onde cursou universidade e trabalhou por igual período para empresas de tecnologia e do ramo editorial.

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