Solar e Eólica tiveram aumento na oferta de energia elétrica em 2021

Foto mostrando placas de energia solar (como pano de frente) com cinco geradores de energia eólica ao fundo, posicionadas em uma área gramada, com algumas árvores, sob o céu totalmente azul.
Foto montagem: Yves Bernardi/Bishnu Sarangi/Pixabay

De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), as fontes solar e eólica tiveram aumento na oferta de energia elétrica em 2021. Ambas somam 13,5% e juntas ocupam o segundo lugar na geração de energia elétrica, ficando atrás da hidráulica, com 56,7%, mas à frente das térmicas a gás natural, com 12,2%.

O Boletim Mensal de Energia, do MME, diz que o ano de 2021 representou um crescimento de quase 30% da geração eólica e de quase 70% da solar. No entanto, as fontes renováveis como um todo deverão sofrer uma redução de 6% na participação total da matriz elétrica por conta da seca que fez a geração hidráulica recuar 9%.

De qualquer forma, a participação de 13,5% das fontes solar e eólica na matriz brasileira supera a fatia de 13% destas mesmas fontes nos países da OCDE para o mesmo ano, diz o boletim.

Com ventos fortes, excelente irradiação solar e altos níveis de insolação, a região Nordeste vem quebrando recordes, tanto na produção de energia eólica como na produção de energia solar, diz o Operador Nacional do Sistema Elétrico.

A previsão é de que ambas as fontes continuem crescendo em 2022

A energia solar, por exemplo, teve um reforço em julho de 2021 com a inauguração de três usinas em São José do Belmonte, Pernambuco. Possivelmente o maior complexo solar da América Latina, segundo o MME, cujos investimentos foram de R$3 bilhões para gerar energia que beneficiará aproximadamente 800 famílias.

Também em 2021 a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) aprovou a consulta prévia para a construção de sete parques fotovoltaicos nas cidades de Caetité e Morro do Chapéu, ambas na Bahia, cujo investimento total chegará a R$711,8 milhões.

Da mesma forma que a energia solar, a eólica vem recebendo investimentos da SUDENE, por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) diz que dos 5,5 GW de usinas eólicas atualmente em construção no Brasil, quase 3 GW entrarão em operação em 2022.

A SUDENE também aprovou recentemente dois projetos de energia eólica para a cidade de Canudos, no estado da Bahia, onde serão construídos 28 aero geradores com potência de quase 50 MW: Eólica Canudos ll SPE e Eólica Canudos lll SPE. O investimento total contempla R$305,6 milhões para o primeiro projeto e R$337,4 milhões para o segundo.

O financiamento para outros dois projetos eólicos no Nordeste foi aprovado para o município de Jandaíra, no Rio Grande do Norte: Central Eólica Catanduba l e Central Eólica Catanduba ll. Segundo a SUDENE, cada uma delas terá um investimento total de R$235,6 milhões (R$471,2 milhões somados) para que juntas possam produzir um total de 70 MW.

Estes e outros investimentos já realizados pela SUDENE, por meio do FDNE, no sentido de aproveitar o potencial solar e eólico que o Nordeste apresenta, faz da região a principal na geração e distribuição de energia eólica. De acordo com o MME, o Nordeste sozinho é responsável por cerca de 90% de toda a capacidade instalada no país.

Sobre o autor | Fernando Oliveira

Foto Fernando


Fernando é o fundador e editor da Sustenare. Ele é administrador de empresas, cientista da computação e doutor em energia pela Universidade de São Paulo (USP). Fernando morou nos Estados Unidos por dez anos, país onde cursou universidade e trabalhou por igual período para empresas de tecnologia e do ramo editorial.

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