Nova turbina eólica estará entre as maiores máquinas da história

Imagem de uma turbina eólica com o mar ao fundo para ilustrar o post cujo título diz que uma nova turbina eólica estará entre as maiores máquinas da história.
Quanto maior a turbina eólica, melhor a produção e a economia. Por isso, elas estão ganhando proporções inacreditáveis. Imagem: MingYang Smart Energy/New Atlas.

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Imagine algo tão alto quanto o prédio da Chrysler em Nova York, mas girando. A empresa chinesa Mingyang Smart Energy anunciou planos para uma enorme turbina eólica offshore de 22 megawatts – e estar diante de sua presença será uma experiência humana sem precedentes.

Os feitos da engenharia eólica offshore estão se tornando quase cômicos quando o assunto é escala, por uma razão simples: a quantidade de energia que você pode extrair de uma turbina depende principalmente da área que ela cobre. Quanto maior o círculo de varredura, mais energia você pode conseguir – mas também o bônus torna-se maior por adicionar mais comprimento.

Dito desta forma: se sua turbina tiver um diâmetro de 20 m e você adicionar mais um metro a esse diâmetro, você ganha algo em torno de 34 metros quadrados (m²) adicionais de área varrida. Mas se sua turbina começar com um diâmetro de 50 m, adicionar um metro extra de diâmetro traz aproximadamente 79 m² extras de área varrida, já que esse comprimento extra da lâmina varrerá um círculo maior.

Além disso, a instalação dessas enormes turbinas offshore é demasiadamente cara, e a economia de implantação e conexão à rede tende a funcionar em favor de menos turbinas com tamanhos maiores do que mais turbinas com tamanhos menores.

Assim, o tamanho dessas coisas está ficando absolutamente maluco. A turbina H260-18MW – atualmente sendo construída pela CSSC – usa pás de 128 m de comprimento para um incrível diâmetro de 260 m e uma área varrida de 53.000 m². São 9,9 campos de futebol da NFL ou 42,4 piscinas olímpicas quando convertidas em unidades jornalísticas padrão – sem considerar a pequena área deixada não varrida por seu hub.

As turbinas eólicas continuam ficando cada vez mais altas. A MingYang MySE 18.X-28X se erguerá do oceano para uma altura maior do que a de um prédio de 70 andares. Imagem: MingYang/New Atlas.

A turbina MYSE 18.X-28X à prova de tufões (foto acima) da MingYang, usará lâminas de 140 m que varrerão uma área de 66.052 m², ou seja, pouco mais de 12 campos da NFL e 52 piscinas olímpicas – novamente, excluindo a área central.

De acordo com a Bloomberg, essa nova turbina – proposta para 2025 – terá uma potência máxima de 22 MW e um diâmetro de rotor de mais de 310 m, correspondendo a uma área varrida de pelo menos 75.477 m²; equivalente a 14 campos de futebol da NFL ou 60 piscinas olímpicas, menos o hub.

Adicione um pouco de folga para garantir que as pontas das lâminas não toquem na água, e você provavelmente estará olhando para algo mais alto do que os 77 andares (319 m) da Torre Chrysler de Nova York ou do que os 324 m da Torre Eiffel em Paris – só que girando. Não tenho uma imaginação capaz de conceber quão inspiradora será uma máquina como essa.

Na verdade, estas serão algumas das maiores partes móveis jamais construídas. Você consegue pensar em algo mais que tenha partes móveis visíveis desse tamanho? Nada na categoria de megamáquinas de mineração chega perto e, embora a circunferência de 27 km do Grande Colisor de Átomos detenha o título de maior máquina do mundo em geral, ele está escondido no subsolo, e a aceleração de partículas não é exatamente um esporte com espectador.

Portanto, fazer um passeio de barco por essas gigantescas turbinas eólicas offshore será praticamente uma experiência humana sem precedentes. Vai ser de tirar o fôlego. Pode me inscrever!

Fonte: Bloomberg

Artigo original (em inglês) publicado por Loz Blain na New Atlas.

Sobre o autor
Loz Blain passou oito anos perseguindo um diploma de artes na Universidade de Melbourne, Austrália. Sem foco e com deficiência de atenção, ele buscou mais de 30 áreas diferentes de estudo em humanidades e ciências, em uma série de caprichos, antes de se decidir por um curso de psicologia. Desde 2007, Loz é um dos colaboradores mais versáteis da New Atlas e desde então provou ser fotógrafo, cinegrafista, apresentador, produtor e engenheiro de podcast, além de redator sênior.

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